"Querido compadre Ailton,
Acabo de chegar do Shoping Iguatemí, onde mais uma vez, assistí a prática do racismo e do preconceito social. Testemunhei, a expulsão de um grupo de adolescentes e jovens negros, praticada por alguns seguranças daquele espaço público, de compras e entretenimento. Logo a seguir, abordei alguns dos meninos para saber a motivação de tal atitude, e de pronto, fui informado, que eles nada fizeram de errado, simplesmente, estavam circulando no shoping, quando foram abordados por um segurança, que os intimou a retirar-se imediatamente do local, indicando a escada, pela qual, deveriam deslocar-se em direção à saida. Insistí com alguns deles para que voltassem na minha companhia, mas, observei que todos eles estavam amedrontados. Imediatamente, interpelei os seguranças, e pude constatar a veracidade da informação que me foi dada pelos jovens, pois, não foi apontado qualquer ato infracional praticado. Busquei então, a chefia da segurança, e logo após, a gerência do estabelecimento, que segundo as atendentes, não foi localizada. Deixei então, os meus telefones, meu nome, e fiz alusão ao CEDECA, sugerindo que a tal da gerente entre em contato comigo.
Estou no aguardo, e penso em elaborar um artigo dirigido ao A TARDE, relatando esse grave desrespeito aos direitos humanos. Infelizmente, não posso aciona-los juridicamente, pois, falta a figura da vítima, que nesse caso, é imprescindível.
Apesar das condições favoráveis, tomei também o seu caminho, e deixei de lado a pretensão da vereança. Confesso, que não foi uma decisão fácil, pois, pela primeira vez, conseguí agregar apoios políticos muito representativos, e um considerável aporte de recursos financeiros. No final, o que pesou, foi a reflexão que fiz, sobre como seria minha vida exercendo a vereança, e por conseguinte, a propalada qualidade de vida.
Um fraternal abraço, do compadre e amigo
Waldemar Oliveira
Um abraço também, para minha comadre e as meninas."
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