sábado, 15 de janeiro de 2011

Comissão para tratar do caso Marinho

O comandante da 6ª Região Militar, Marcos, Edson Gonçalves Dias, prometeu intervir no caso do oficial do Exército Mário Soares Júnior, o capitão Marinho, que está detido há nove dias na cidade de Bagé, Rio Grande do Sul. Esta notícia foi dada ontem, numa reunião formada pelo educador Jorge Portugal, o secretário da Reparação Ailton Ferreira, o coordenador do Coletivo de Entidades Negras, Marcos Resende e do advogado e diretor do Instituto Pedra de Raio Sérgio São Bernardo. No encontro, ocorrido na Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), no Pelourinho, foi criada uma comissão que já agendou um novo encontro para a próxima semana.

Ficou acertado também entre os membros do grupo um encontro com deputados e ministros baianos com a intenção de reforçar as negociações. Antes da reunião na SPD, a comissão foi dar as boas-vindas ao comandante e entregar um documento pedindo apoio para intervir no caso que na avaliação dos integrantes, houve excessos.

Conforme o secretário municipal da Reparação, Ailton Ferreira, resta agora à comissão coordenada por ele, aguardar a posição do comandante que foi professor de capitão Marinho. “Na reunião, o comandante chamou capitão Marinho de garoto e disse que se ele é tão bom como nós falamos, ele vai batalhar para trazê-lo de volta ao Estado”, relatou o secretário.

“O comandante demonstrou muito interesse em ajudar nas negociações, vamos aguardar uma resposta e acredito que será positiva. Ele pediu um tempo e vamos respeitar, se a resposta não for satisfatória, pensaremos numa outra maneira para ajudar capitão Marinho”, declarou Sérgio São Bernardo.

Conforme Jorge Portugal, é necessário que todos estejam atentos. “Precisamos nos fortalecer, quanto mais unidos estivermos mais proteção Marinho terá. Acredito também que devemos divulgar bastante o caso, pois assim ele estará mais seguro”, afirmou Portugal.

De acordo com a irmã do capitão, Ana Karina Soares, Marinho estava ajudando na recuperação dos pais que estão com sérios problemas de saúde, mas com essa situação, todo o processo foi interrompido.

Karina disse ainda que seu irmão só está autorizado a falar com a família. Capitão Marinho está preso no 3º Batalhão Logístico em Bagé, Rio Grande do Sul, dias depois da publicação de uma entrevista concedida a esta Tribuna sobre o caos na segurança pública do país.

A entrevista foi publicada na edição do dia 4 de janeiro, no dia 6 ele se apresentou em Bagé e de imediato foi detido sem nenhuma justificativa.
O oficial também é autor do livro “Exército na Segurança Pública”, uma crítica à atuação da corporação na segurança pública e também às relações raciais.

Fonte : http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=70444

NOTA DO BLOG - Participaram também das articulações e da audiência com o General, o promotor Almiro Sena, deputado Bispo Marinho e Gilberto Leal do CONEN. Neste sábado(16/01), o Capitão Marinho foi libertado por decisão da justiça.

Nenhum comentário: