domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Ilê e a Guiné.




Foi emocionante acompanhar e comentar o desfile do Ilê Aiyê no sábado de Carnaval. Saindo do Curuzu, a Marcha Africana embelezou o bairro da Liberdade, lembrando as passeatas da África do Sul. Uma invenção a parte é o pequeno trio-elétrico que conduz a multidão em êxtase até a Praça Nelson Mandela. Uma adaptação do trio a estreita rua do Curuzu e com a fiação elétrica aérea. No Campo Grande, os músicos assumem o trio no tamanho convencional. Coisa de preto, reinventando sempre e fazendo das dificuldades, novas oportunidades. No alto, a rainha Daiane Ribeiro, no chão com a massa, o meu tio Vovô do Ilê, por todos os lados, a Mãe Hildelice Benta dos Santos, a líder do Terreiro Ilê Axê Jitolu.

Neste ano, o Ilê homenageou a Guiné Equatorial, a sua importância na formação e influências na cultura baiana. A Guiné Equatorial, único país africano de língua espanhola, tem costumes bem parecidos com os nossos, fazem feriados na sexta-feira da Paixão, no dia de Corpus Christi, além de celebrarem comendo na festa do inhame. Vale a pena estudar este pedaço da África. Os africanos sabem mais do Brasil do que sabemos deles: quase nada.

A Guiné Equatorial tem o seu território em Continente e em ilhas, a sua capital, Malabo fica na ilha de Bioko. Parabéns Ilê Aiyê pelos seus quase 40 anos. o tio Vovô mostrou preparo, amanheceu desfilando na Avenida e as 11 horas já estava no Afródromo com Osvalrizio e Edmilson, acompanhando Carlinhos Brown, Tonho Matéria, Nadinho Do Congo e Alberto Pita. O negão tomou mingau de cachorro com gemada.

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