quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Bahia perde o historiador Ubiratan Castro



Morreu, na manhã desta quinta-feira (03), no Hospital Espanhol, o professor e historiador Ubiratan Castro de Araújo. O professor tinha 64 anos, sofria de problemas renais e estava internado desde setembro.

O velório ocorrerá a partir das 14h desta quinta-feira (3), no Palácio da Aclamação, no Campo Grande. O corpo será cremado na sexta-feira (4), às 10h, no cemitério Jardim da Saudade.



História - Ubiratan atuava no campo do ensino e da pesquisa em História, em especial da Bahia, e na área da gestão acadêmica e cultural, sempre atento às culturas negras. Ele era licenciado em história pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), mestre em história pela Universidade de Paris X - Nanterre, doutor em história pela Universidade de Paris IV – Sorbonne, além de bacharel em direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O professor assumiu a direção geral da Fundação Pedro Calmon em 2007. Ele lecionava na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Ufba e era membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33. Ubiratan também foi presidente do Conselho para o Desenvolvimento das Comunidades Negras de Salvador (CDCN).

Em 2010, recebeu em Brasília a Comenda da Ordem Rio Branco - concedida a personalidades e autoridades que realizaram ações em benefício da sociedade. No primeiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, o historiador trabalhou com o então ministro da Cultura, Gilberto Gil, dirigindo a Fundação Cultural Palmares.

Entre os prêmios e títulos que recebeu, destacam-se: a Medalha do Bicentenário da Restauração Portuguesa da Academia Portuguesa de História, o Troféu Clementina de Jesus da União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a Medalha Zumbi dos Palmares da Câmara Municipal de Salvador. Ubiratan é autor dos livros "A Guerra da Bahia", "Salvador Era Assim - Memórias da Cidade e Sete Histórias de Negro", e "Histórias de Negro".

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