quarta-feira, 9 de março de 2011

Continua predominando as denúncias de racismo no carnaval 2011

Os casos de racismo não param de aumentar neste carnaval de 2011. O último boletim emitido às 9 horas desta terça-feira de carnaval acusa um total de 149. Apesar dos registros do Observatório da Discriminação Racial da Violência contra a Mulher e LGBT atestarem que os números de racismo são predominantes, o secretário da Reparação Ailton Ferreira afirma que este ano houve uma redução considerável, segundo ele, no mesmo período do ano passado, as denúncias eram superiores a 200.

Também são crescentes os registros de violência contra à mulher, o boletim parcial do Observatório revela que 63 mulheres foram agredidas no circuito do carnaval até o início desta manhã. Os LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) também recebem destaque na apuração e já foram registradas pelos observadores 42 denúncias de agressões, totalizando 237 registros. Iniciado em 2006, o Observatório da Discriminação Racial registrou no ano passado 907 ocorrências entre denúncias e observações derrubando assim a falsa idéia de democratização racial da festa.

As unidades do observatório da Discriminação Racial, da Violência contra a Mulher e LGBT estão instalados em quatro pontos da cidade (Ladeira de São Bento, Estação da Lapa, Campo Grande e Ondina) em um desses postos, a vítima de discriminação seja de raça, gênero ou orientação sexual pode registrar sua reclamação com a equipe de observadores montada pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) que estará atendendo em parceria com a Defensoria Pública, Ministério Público e Delegacia Especial de Defesa à Mulher (Deam) até o final do carnaval.

Esta é uma ação da Prefeitura Municipal do Salvador, através da Semur que objetiva mapear dados que comprovem a existência de ações discriminatórias. Com os resultados adquiridos nesta ação, a Prefeitura pretende formular e implantar políticas públicas com a finalidade de prevenir as discriminações e desigualdades motivadas por raça, gênero ou orientação sexual ocorridas na considerada maior festa de rua do Planeta.

São parceiros da Semur no Observatório: Procuradoria Regional do Trabalho (5ª REG); Ministério Público do Estado;Comando da Polícia Militar; Núcleo de Religiões de Matriz Africana (NAFRO -PM); Defensoria Pública do Estado; Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA);Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (SINDSEPS); Sepromi; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca); Delegacia Especial de Defesa da Mulher (Deam); Shopping Piedade; Faculdade Social da Bahia (FSBA); Instituto Social da Bahia (ISBA); Shopping Center Lapa; Força Sindical; Shopping Barra; Salvador Card; Secretaria de Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

Ascom - Semur - Maria Rocha

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