terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Vamos boicotar a DEVASSA

“A cerveja Devassa está veiculando uma propaganda em revistas com a ilustração de uma mulher negra altamente sexualizada ao lado da seguinte frase: ‘é pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra’. Essa propaganda está repleta de um discurso racista e machista, que reduz a ‘verdadeira’ mulher negra ao seu corpo. Corpo esse que deve ser magro, belo, cheio de curvas, sensual e que, como sugere a associação produto-mulher, é um corpo objeto a ser consumido. Segundo a propaganda, mulher negra não tem mente, não tem alma, não tem nada além do corpo. A empresa deve ser punida por tal manifestação racista e sexista!” (Bárbara Machado)

Mas ainda não sei se o que mais me enoja é mais esse exemplo de racismo e sexismo explícitos da Devassa, ou se é o fato de tal peça de péssimo gosto estar veiculada em uma revista “descoladinha”. Acho tudo isso preocupante.

Preocupante também que no Studio SP, do Ale Youssef (é, aquele que foi candidato a deputado federal em São Paulo pelo Partido Verde, “em busca de um novo jeito de fazer política“), a única cerveja brasileira disponível seja a Devassa. Preocupante ainda que no Planeta Terra (pois é, aquele festival ecologicamente correto, que entrega um recipiente pra você colocar suas bitucas de cigarro, que recicla o lixo DURANTE o evento e que emprega mão-de-obra vinda de projetos sociais, sob o slogan “Enquanto você fica feliz por assistir aos shows, eles ficam felizes por ter uma oportunidade de trabalhar”, ou algo assim…) também só vendesse a tal da Devassa. Aí vem o seriado moderninho da Globo que as pessoas acham engraçado. Patrocinado por quem? Por ela – sempre ela. E, de repente, a coisa toda começa a fazer sentido… E aí vem elas – sempre elas – e reclamam de tudo. E, então, vem eles (e algumas delas) dizendo que é tudo a mesma coisa – o que, no fundo, quer dizer que é tudo coisa daquela gente boba, chata e feia, né não?

Só sei que, se tudo der errado, monto a primeira cervejaria feminista. E vai ter muita procura, viu…


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